A política pública de atenção à saúde do homem consiste em ações que visam promover a melhoria das condições de saúde da população masculina adulta — dos 20 aos 59 anos —, por meio de cinco eixos temáticos: acesso e acolhimento para que os serviços de saúde também possam ser percebidos como espaços masculinos; saúde sexual e reprodutiva; paternidade e cuidado com os filhos; doenças prevalentes na população masculina; e prevenção de violências e acidentes.

Essa política propôs o recorte estratégico da população masculina na faixa etária dos 25 aos 59 anos porque esse grupo etário corresponde a 41,3 % da população masculina ou a 48,8% do total da população do Brasil, segundo o Censo de 2012, mas isso não significa uma restrição da população que ela busca atingir¹.

Vários estudos comparativos entre homens e mulheres indicam que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às enfermidades graves e crônicas, e que morrem mais precocemente que as mulheres, o que representa um sério problema de saúde pública. Percebeu-se a necessidade de apoiar ações e atividades de promoção de saúde para facilitar e ampliar o acesso aos serviços de saúde por parte da população masculina, o que motivou a implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem – Pnaish² – em 2008, que está alinhada com a Política Nacional de Atenção Básica e em consonância com os princípios do SUS.

As ações desenvolvidas pela política possibilitam o aumento da expectativa de vida e a redução dos índices de adoecimento e morte por causas evitáveis. Algumas das ações de atenção integral à saúde da população masculina são: atenção aos agravos do aparelho geniturinário; disfunção erétil; planejamento reprodutivo; e prevenção de acidentes e violências. Todas as ações devem contemplar de forma integral a diversidade de raça/etnia e a orientação sexual.



1 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Perfil da morbimortalidade masculina no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 52 p.  il. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/fevereiro/19/Perfil-da-morbimortalidade-masculina-no-Brasil.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2018.

2 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017. Consolida as normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0002_03_10_2017.html>. Acesso em: 3 jul. 2018.